Nossa opinião sobre a eliminação da Seleção feminina que deu adeus ao pódio Olímpico

Na manhã desta sexta-feira foram disputadas as Quartas de final do futebol feminino pelos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, onde a seleção Brasileira enfrentou as canadenses para tentar uma vaga as semifinais do torneio. Mas infelizmente tivemos novo drama no futebol feminino. A seleção ficou no empate em 0 a 0 contra as canadenses no tempo normal e na prorrogação e acabou sofreno a derrota por 4 a 3 nas penalidades máximas e foi eliminada os Jogos, ano adeus a mais uma chance e chegar ao pódio, sendo o primeiro do siclo da treinadora Pia Sunhage, e bem certo que foi a última Olimpíada de Marta e Formiga.
Bárbara defendeu o chute de Sinclair no início das penalidades, mas Andressa Alves e Rafaelle pararam na goleira canadense Labbé nas duas últimas cobranças do Brasil.
- O jogo:
Nenhuma das duas equipes foi dominante na partida. O Brasil sentiu falta da presença ofensiva de Debinha e Bia Zaneratto, muito isoladas do meio do campo e sem entendimento entre si. O Canadá, por sua vez, se impôs fisicamente no primeiro tempo, mas também não exigiu muito da goleira Bárbara, mesmo quando teve mais posse de bola no segundo tempo. Com Ludmila e, depois, Andressa Alves, a seleção brasileira melhorou na prorrogação, e foi a vez então da goleira Stephanie Labbé aparecer com segurança, especialmente em cabeçada de Érika, na melhor oportunidade do Brasil na partida.
- Pênaltis:
A disputa de pênaltis começou bem para o Brasil, com a goleira Bárbara defendendo a cobrança da veterana Christine Sinclair. Marta abriu a série brasileira convertendo sua cobrança. A partir de então, vieram cinco penalidades convertidas: Fleming, Debinha, Lawrence, Érika e Leon. No pênultimo chute do Brasil, Andressa Alves buscou o canto esquerdo de Labbé, que fez a defesa e igualou a disputa. A zagueira Gilles colocou o Canadá na frente, e Labbé pegou o chute de Rafaelle, também no canto esquerdo, classificando sua seleção à terceira semifinal olímpica seguida.
“Não sei, não posso te dar essa resposta agora, estou com a cabeça a mil, vou deixar essa resposta para depois. Não dá para dizer no momento, estou muito emocionada. Peço para as pessoas não apontarem o dedo para ninguém, se tiver que apontar para alguém apontem para mim, já estou acostumada – disse a camisa 10, que disputou pela quinta vez as Olimpíadas, aos 35 anos”, disse Marta em entrevista ao SporTV a final a partia
Nas semifinais, em busca por uma vaga na final, o Canadá irá enfrentar os Estados Unios, que bateu agora a pouco a Holanda, que havia avançado em primeiro no grupo do Brasil, também nos pênaltis (4 a 2). Sendo assim, a chave a seleção esta fora da briga por pódio nos Jogos.
- Critica: Mais uma vez nos frustamos com a seleção, mas desta vez merece aplausos, porque realmente fizeram o melhor e não da para dizer que a seleção “pipocou”, o que sempre é usado nas eliminações nas fases finais do Brasil. Isso porque a seleção, desta vez, não veio as Olimpíadas entre as favoritas. EUA, Suécia, Reino Unido, Canadá e a Holanda, todos vem de momento melhor que a seleção, que vê chegar o final a geração vitoriosa de Marta, Cristiane (que não veio aos Jogos, e se emocionou com a eliminação) e Formiga. Se não ganhamos nem quando essa geração estava na melhor fase, então não seria agora que iriamos apostar em um Ouro. Mas por se tratar de futebol e da nossa camisa, mantivemos a esperança. Agora com o resultado final, não nos surpreendemos, até porque, o Brasil não caiu para um adversário qualquer. Mas temos de ressaltar uma coisa. É momento de olhar para frente e dar continuidade em um bom trabalho que se iniciou por Pia Sundhage, e principalmente, ter peito e dizer ‘Adeus a rainha Marta’. É hora de acordar e ver que o ciclo da melhor jogadora de todos os tempos chegou ao fim na seleção e dar chances a novas meninas que vem arrebentando, como por exemplo a equipe da Ferroviária no Brasileirão. É hora de se formar uma equipe forte e renovada, sem ter que ficar olhando e esperando uma super craque decidir. EUA vem ganhando praticamente tudo há anos e sem ter um nome de peso mundial assim como Marta, mas sempre uma forte equipe. Rapinoe é craque, mas não à ponto de se colocar esperanças que ela sempre resolverá quando a equipe estiver em apuros e, tão pouco à nível de Marta. Morgan também não. É preciso olhar pra frente, renovar e começar do zero e dizer adeus a geração de Marta, e claro, os torcedores, e principalmente as mulheres, e mais ainda, as feministas (que tanto compram brigas em redes sociais em momentos de competições), assistam os campeonatos, sigam as jogadoras, comprem camisas, e apoiem de verdade o futebol brasileiro feminino!