Atletas da seleção brasileira disputarão a Copa America

A grande polêmica esportiva do país, no momento, foi a polêmica disputa da Copa América, que seria disputada na Argentina e na Colômbia, mas após desistências das sedes, a competição foi oficializada o Brasil, na última terça (1), com aval do Governo Federal e negociação entre Conmebol e CBF (Comissão Brasileira de Futebol). Após esta decisão começou uma série de debates e discussões sobre a realização do evento no país, em consequência da pandemia,, se era ou não necessário ter a competição, neste momento e também veio a tona a possibilidade de boicote pelos atletas e comissão técnica da seleção brasileira, em não disputar a competição por insatisfação com a CBF da maneira como foi tratada a situação.
Após a partida contra o Equador, na sexta-feira (4), pelas Eliminatórias, os rumores aumentaram, principalmente após a entrevista do capitão da seleção, o volante Casemiro, que não afirmou a decisão real, mas deixou bem claro o descontentamento dos atletas com a CBF e a competição, e disse que todos sabiam qual era a posição dos atletas e da comissão técnica de Tite, mas que só falariam após a partida desta terça, diante do Paraguai.
Após esta repercussão, uma série de fatores veio a tona, até mesmo a possibilidade do pedido de demissão pelo técnico da seleção, Tite, por divergências politicas com Caboclo, que teve reunião bem tensa com o elenco, na Granja Comary, antes da partida diante do Equador. Houve até mesmo um rumor, segundo o jornalista da Globo, André Rizeke, de que Caboclo demitiria Tite, após o duelo de amanha, e o substituiria por Renato Gaucho, alegando ter interferências do Presidente Bolsonaro no comando técnico. Isso segundo o jornalista.
Mas segundo o site do Globo Esporte, em matéria publicada agora a pouco, já sabemos qual a decisão que os atletas e comissão tomara após a partida de amanhã. E sim, eles vão jogar a Copa América, que pela primeira vez não será transmitida pela Rede Globo, mas sim pelo SBT, e tem inicio no próximo domingo, dia 13, onde a seleção terá estréia contra a Venezuela, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Segundo o GE, alguns fatores influenciaram para que os atletas decidissem por jogar a competição. Um deles foi após a polêmica envolvendo o presidente da CBF, Rogério Caboclo, após denuncias de assédio sexual e moral pelo presidente com uma de suas funcionária, incluindo até áudios gravados pela própria funcionária. A reportagem também foi feita pela Globo, e teve grande repercussão no programa Fantástico de ontem.
Após estas acusações, houve uma pressão para que Rogério fosse afastado do comando da entidade. Feito que aconteceu neste domingo. Caboclo esta afastado, inicialmente, por 30 dias da CBF, onde quem assume em seu lugar será o Coronel Nunes.
Após o afastamento do presidente e também pelo fato de muitas das lideranÇas de outras seleções divergirem com as da seleção, que procurou atletas de outras seleções pelo boicote da competição. muitos divergiram sobre esta situação e após a confirmação da Argentina, no domingo, de que disputará a competição (mas não ficará alojada no Brasil, onde voltará para a Argentina após as partidas), o movimento perdeu força e deu total respiro a Conmebol, que agora terá sua competição disputada, com inicio neste domingo.
A questão técnica também pesou para os atletas aceitaram jogar o torneio, já que esta será a última oportunidade em que a seleção brasileira estará reunida por um longo período antes da Copa do Mundo do Catar, em 2022, já que a antiga ‘Copa das Confederações’ foi extinta.
Ainda não se sabe ao certo qual será o manifesto dos atletas, mas é esperado um pronunciamento de todos após a partida de amanhã pelas Eliminatórias, onde a seleção lidera com 100% de aproveitamento. Segundo apurações do site, os atletas aceitarão disputar a competição, mas farão duras criticas na maneira de como a competição foi feita. O grupo que disputará a Copa América será bem semelhante a este, já que Tite ainda pode chamar mais três atletas. A lista será anunciada na quarta-feira (8).
Foto de Capa: Lucas Figueiredo / CBF