SEMEL fará Seletiva para formação da equipe Masculina de Futsal de 2025
Adeus, Brady
Nos anos 60, por quase uma década, Pelé reinou nos gramados, conquistou três Copas, duas Libertadores e dois mundiais e se tornou merecidamente o Rei do Futebol. Nos anos 90, surgia dessa vez um fenômeno nas quadras, Michael Jordan conduziu o Chicago Bulls a 6 títulos da NBA, se tornando a maior lenda do basquete. Mas o novo milênio chegaria no ano 2000 nos presenteando com um novo fenômeno, que iria brilhar nos gramados como Pelé, mas usando as mãos como Jordan. Thomas Edward Patrick Brady Jr. não era visto como um jogador promissor, tanto que foi só a 199° escolha na loteria do draft de 2000 da NFL.
A primeira escolha daquele ano foi Courtney Brown, que foi para Cleveland e jogou apenas 26 jogos, encerrando a carreira em 2005, como uma grande decepção. Mas o New England Patriots jamais imaginaria que de fato teria ganhado na loteria com a escolha 199. De terceiro reserva, Brady conduziu New England ao título do Superbowl logo em sua segunda temporada como profissional. Ele não só conquistou um título inédito pra franquia, como foi MVP e jogador mais jovem a ganhar um Superbowl, o que seria apenas o primeiro de muitos.
Nascido nos Estados Unidos, como Jordan, em 2009 Brady se tornou um pouquinho brasileiro, como Pelé. Depois de se casar com a ex-modelo Gisele Bundchen. O marido da Gisele, como é conhecido pela maioria ou simplesmente “Giselo” como é apelidado pelos fãs, fez com que o País do Futebol, fosse aos poucos adotando também o futebol americano, e hoje facilmente você vê por aí uma camiseta ou boné do Patriots.
A década de 2010 chegou, já veterano, muitos pensaram que veriam o declínio de Brady, o que seria natural pela circunstância do momento. Mas o que vimos foi a canonização de uma lenda do esporte, e se até 2017 ele tinha haters, eles jamais poderão explicar o que aconteceu naquele Superbowl LI, quando Brady operou um milagre improvável na maior virada da história do esporte.
O New England Patriots ainda chegariam ao Superbowl nos dois anos seguintes, perdendo em 2018 e vencendo em 2019, empatando em títulos com o 49ers, sendo as duas equipes da NFL com mais títulos, 6 pra cada. Em 2020, o que ninguém imaginava aconteceu, Tom Brady deixou o Patriots para jogar no Tampa-Bay Buccaneers.
A princípio, todos pensaram que seria como a passagem do Pelé pelo Cosmos ou a de Jordan pelos Wizards, mas Brady foi além. E em seu primeiro ano levou um título do Superbowl inédito para a Flórida, ele conquistou seu sexto anel, tendo mais títulos sozinho do que qualquer outra franquia.
Após 22 temporadas, Tom Brady anuncia sua aposentadoria dos gramados com 44 anos de idade e a impressão de que facilmente teria lenha pra queimar por no mínimo mais umas duas temporadas. Mas não há motivos pra tristeza, pois, embora o elenco mude, o show sempre continua e que bom que é assim! Como um dia Pelé deixou os gramados, tempos depois veio um Jordan e depois de Jordan veio Brady.
O porque de tantas comparações a essas duas lendas? Fácil, porque temos hoje feras em várias modalidades esportivas; Messi, Cristiano Ronaldo, LeBron, Hamilton, Federer, Nadal… Outros que já pararam recentemente como Bolt, Phelps e até mesmo aqueles que já não estão entre nós como Ali, Kobe, Senna e por aí vai. Todos esses lendários que certamente estão com seus nomes gravados na história do esporte.
Mas no panteão dos maiores de todos os tempos, eu só vejo 3 nomes que são capazes de serem colocados como os maiores entre os maiores. E estes são Pelé, Michael Jordan e Tom Brady. Feliz é aquele quem pôde contemplar uma dessas lendas!
Por: Gabriel Maciel