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Saudades do que a gente já viveu…

A volta de Neymar ao Santos, mexe com todos, mesmo quem não torce para o Santos ou
não acompanha futebol. Porque essa simbiose entre Neymar e Santos é mágica e nos leva
de volta a um tempo mais simples onde éramos um pouco mais felizes.
As dancinhas do craque após a comemoração de cada gol, trazia músicas que refletiam o
atual momento do país, não eram músicas com mensagens de ostentação, nem letras
motivacionais como as que estão em alta desde o período pandêmico. Eram músicas de
celebração a vida, como a “Balada” de Gusttavo Lima, entre tantos outros hits que
bombaram graças ao menino Ney.
É impossível não remeter a nostalgia, relembrando as tantas goleadas que o Santos aplicou
naquele início de 2010, dentre elas o inesquecível 10 a 0 contra o Naviraiense naquela noite
de 10 de março de 2010, uma das noites mais felizes da minha vida, e não, eu não sou
santista. Mas enquanto o Peixe marcava gols, meu irmão chegava a esse mundo e a minha
vida nunca mais foi a mesma. Fato é que todo mundo deve ter uma memória boa daquela
época que não tem nada a ver com futebol, mas tinha aquela história dos Meninos da Vila
como plano de fundo.
A nostalgia que hoje está tão em alta, na moda com o relançamento da Total 90, o resgate
de roupas muito usadas no anos 2000, as camisas de time retrô. Nos cinemas com várias
continuações de filmes sucessos de bilheterias, até a volta de Robert Downey Jr. ao MCU…
A gente está sempre arrumando um jeitinho de voltar ao passado e sentir um pouquinho
daquilo que a gente sentia lá atrás, já percebeu? Tanto que o hit top 1 do Spotify Global é
“Debi tirar mas fotos” do rapper Bad Bunny, que nada mais é que um culto a nostalgia.
As memórias são o nosso maior tesouro, porque nada pode tirá-las de nós e a volta do
maior craque dessa geração ao futebol brasileiro é como resgatar um pouquinho desse
tesouro que estava guardado lá no fundo. As lembranças de um Brasil antes da polarização
política, de pessoas que não estão mais aqui hoje, como meu saudoso avô que era torcedor
do Santos e estaria feliz se pudesse ver o retorno de Neymar a Vila Belmiro.
São tempos que não voltam mais, todavia, o novo sempre vem e o Neymar que volta ao
Brasil depois de 12 anos não é mais o mesmo daquela época e nós também não somos.
Pessoas se foram, mas outras chegaram e chegarão em nossas vidas, são tempos difíceis,
mas ainda é possível ser feliz, porque já dizia o compositor “(…) até no lixão nasce flor”.
Saudades do que vivemos, mas o novo sempre vem e da mesma forma que no passado
criamos memórias que até hoje carregamos, vamos em busca de novas memórias, seja nos
campos, seja na vida.
por: Gabriel Maciel